São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996
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Para Malan, contas estão controladas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Entrada de capital no país já soma US$ 6,6 bi
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem que a entrada de capital estrangeiro para investimentos no Brasil de janeiro até 15 de outubro deste ano somou US$ 6,6 bilhões.
Segundo o ministro, a expectativa é de que até o final do ano o número suba para entre US$ 7,5 bilhões e US$ 8 bilhões.
Essa entrada de dinheiro, segundo ele, permitirá o financiamento de 40% do déficit em conta corrente (fluxo de entrada e saída de dinheiro, exceto o pagamento de alguns serviços).
Em duas aparições públicas ontem, no Rio, Malan enfatizou a entrada de recursos externos para investimentos no país como exemplo de que as contas externas do Brasil estão sob controle.
O ministro estava particularmente irritado com as análises econômicas que apontam dificuldades nas contas externas.
"Aqui no Brasil se criou uma histeria ciclotímica de que se o país ultrapassar o número mágico de 3% no déficit em conta corrente o real entra em colapso, com morte súbita", disse.
Segundo ele, o governo está tomando as medidas necessária para enfrentar esses problemas e não há motivo para se achar que "estamos entrando em armadilhas impossíveis de desarmar".
O ministro da Fazenda disse que os números que vêm sendo mostrados pelos órgãos de pesquisas econômicas permitem se prever que em 1997 o Brasil crescerá entre 4% e 4,5%, com tendência para o segundo número.
Para este ano, Malan se alinhou com a previsão do Ipea (Instituto de pesquisa Econômica Aplicada) que estima o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 3,1%. Ele participou de um painel junto com o economista José Alexandre Scheikman, da Universidade de Chicago.
O ministro falou na necessidade de investimentos em educação, entre outras medidas, para o país obtenha taxas de crescimento maiores que as atuais.

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