São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996
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Souza Cruz fatura mais no 3º trimestre

Empresa vende R$ 1,56 bi no período

DA SUCURSAL DO RIO

A Souza Cruz alcançou, no terceiro trimestre deste ano, um faturamento 5,2% superior ao obtido no trimestre anterior.
No acumulado de julho a setembro, a empresa vendeu R$ 1,565 bilhão.
Para o presidente da Souza Cruz, Flávio de Andrade, esse crescimento está relacionado às medidas de facilitação do crédito tomadas pelo governo e ao fato de o segundo semestre ser, tradicionalmente, mais forte em termos de vendas.
Ele disse esperar novo crescimento no último trimestre do ano, mas não fez estimativa percentual.
Operacionalmente, a empresa obteve lucro de R$ 103 milhões nos primeiros nove meses deste ano, ou 21,17% a mais que no mesmo período de 1995, quando o lucro operacional verificado foi de R$ 85 milhões.
Concentração
Andrade afirmou que esse resultado mostra o acerto da decisão da Souza Cruz de se concentrar em sua atividade principal (fumo e cigarros).
No final do primeiro semestre, a companhia vendeu sua participação na Aracruz Celulose.
O lucro líquido, porém, foi menor -caiu de R$ 133 milhões para R$ 83 milhões-, devido à equivalência patrimonial (incorporação ao balanço do resultado das empresas controladas e coligadas) negativa gerada pela venda da participação na Aracruz Celulose -os recursos líquidos obtidos foram transferidos aos acionistas.
Também na comparação com os nove primeiros meses de 95, a Souza Cruz aumentou sua participação no mercado brasileiro de 82,6% para 83,1%.
As vendas para o exterior cresceram 13,2%, saltando de US$ 349,5 milhões, de janeiro a setembro de 95, para US$ 395,6 milhões, em igual período deste ano.
O cigarro Derby, principal marca da empresa no segmento popular -custa R$ 1,00-, pulou de 32,9% para 38,5% do mercado nacional.

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