São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996 |
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Autor integra "geração perdida"
NELSON DE SÁ
Surgidos na virada dos anos 60 para os 70, à sombra da censura do regime militar e de uma crescente hegemonia dos diretores, são autores que alcançaram repercussão nas primeiras peças, com a ebulição do período, mas aos poucos desapareceram do palco. O mineiro José Vicente surgiu com "O Assalto", espetáculo de tema social e forma naturalista que estreou em 1969, no Rio. À maneira de Plínio Marcos, que precedeu e influenciou aquela geração, dois personagens, um bancário como o próprio dramaturgo e o outro faxineiro, conversam sobre a exploração econômica e um eventual assalto ao banco. José Vicente ainda faria, antes de parar de escrever para o teatro, "Os Convalescentes" e "Hoje É Dia de Rock", já nos anos 70, mas "O Assalto" permaneceu como a sua melhor peça -reapresentada no teatro Bela Vista, em montagem pouco feliz, oito anos atrás. A "geração perdida", que começou com preocupações sociais próprias dos 60, entrou nos 70 com o propósito de estabelecer outra virada, mais relacionada à marginália e ao teatro de vanguarda então produzido no exterior. Definhou quando surgiram os novos caminhos de grupos como Asdrubal Trouxe o Trombone, Ornitorrinco e Macunaíma. Texto Anterior: Teatro redescobre a antiteatro de José Vicente Próximo Texto: REPERCUSSÃO Índice |
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