São Paulo, sexta-feira, 8 de novembro de 1996 |
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Estado autua hospital aberto por Maluf
ROGÉRIO GENTILE
Não havia nenhum paciente no hospital no momento da vistoria, realizada entre 14h10 e 16h45. Maria da Costa e Silva, titular do Conselho Municipal de Saúde, foi proibida de participar da inspeção. O hospital, que integra o Plano de Atendimento à Saúde (PAS), tinha produtos sem registro no Ministério da Saúde (luvas, sondas, esparadrapos cirúrgicos, entre outros) e não tinha um farmacêutico responsável. Os produtos foram interditados e lacrados. Deverão ser devolvidos aos fabricantes ou trocados por produtos que possuam registro. A vigilância, que é um órgão da Secretaria da Saúde do Estado, constatou também falta de limpeza e desinfecção nos reservatórios de água do hospital. Na copa, foi verificado que as janelas não têm telas (para evitar a entrada de insetos), a porta de serviço não apresenta mola e o piso é inadequado. Seis autos de infração foram lavrados. O hospital tem 15 dias para recorrer. Depois disso, nova vistoria será feita pela vigilância sanitária. Se as irregularidades persistirem, o hospital poderá ser multado ou até mesmo interditado. Silêncio O secretário municipal da Saúde, Roberto Paulo Richter, e o presidente da Cooperpas 7, José Carlos Moscoso da Costa, que administra o PAS na zona norte, não quiseram se manifestar. O coordenador de comunicação do PAS, Orlando Magnoli, afirmou que somente iria falar com a imprensa após ter conhecimento oficial dos resultados da vistoria. Disse também que considera "ótimo" a vigilância sanitária vistoriar os hospitais do PAS. Com nove andares e previsão para 180 leitos, o hospital está funcionando apenas parcialmente, como revelou a Folha na última quarta-feira. Apenas 50 leitos estão em condições de uso. O centro cirúrgico está completamente vazio. Não possui nenhum equipamento. Texto Anterior: Pepebista distribui material ofensivo Próximo Texto: Funcionários do PAS vão à Justiça por salário Índice |
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