São Paulo, sexta-feira, 8 de novembro de 1996
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Aumentam os acordos com metalúrgicos

DA REPORTAGEM LOCAL E DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD

Cresceu ontem o número de acordos no setor metalúrgico. Ford (7.500 trabalhadores) e Scania (3.000) são as únicas montadoras que continuam paradas.
Os 3.800 trabalhadores da Monark, em São Paulo, retornam hoje ao trabalho, depois de um dia de greve. A empresa ofereceu ontem à tarde reajuste salarial de 12% a partir deste mês.
A greve também deve ser encerrada na Multibrás (Brastemp e Consul), com 1.900 metalúrgicos.
A Multibrás propôs reposição de 3,32% e abono de 8,38% sobre o total de 13 salários, pago neste mês.
Isso significa que um trabalhador com salário de R$ 900 vai receber R$ 900,46 de abono.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, elogiou a proposta da Monark. "Foi a melhor oferta feita até agora em todo o Estado", disse.
Na região do ABC, os trabalhadores da Mercedes-Benz e da Toyota, montadoras com sede em São Bernardo (Grande São Paulo), também fecharam acordos.
Os 9.600 metalúrgicos da Mercedes decidiram aceitar os 11% de reposição a partir de janeiro oferecidos pela empresa.
A Mercedes concedeu ainda abono no valor de 102 horas sobre os salários de novembro e dezembro e sobre o 13º. O abono será pago em 5 de dezembro.
O acordo na Toyota também engloba 11% de reposição e abono de 102 horas, dividido em parcelas a serem pagas em janeiro e fevereiro.
Além disso, a montadora vai pagar, em dezembro, R$ 1.100 aos 650 trabalhadores, a título de participação nos lucros.
Ontem, o sindicato de São Paulo resolveu abandonar a estratégia "canguru", de revezamento da greve entre as regiões norte-leste e sul-oeste.
A partir de hoje, os metalúrgicos de São Paulo pretendem parar por tempo indeterminado cerca de 80 empresas de grande e médio porte.
Químicos
Os 283 funcionários da Tintas Globo, em Mauá (Grande São Paulo), pararam ontem. À tarde, os químicos da Soplast (400 trabalhadores), em São Bernardo, também pararam.

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