São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996
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Rezek defende participação de políticos no Supremo

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Eleito nesta semana juiz da Corte Internacional de Haia, o ministro Francisco Rezek, 52, defende, em entrevista à Folha, a participação de políticos no STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele tomará posse em Haia, na Holanda, a partir de fevereiro. Disse que, antes de assumir o cargo, poderá casar-se com Ana Flávia Velloso, filha do ministro Carlos Velloso, também do STF.
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Folha - Quais são as suas principais aspirações como juiz da Corte de Haia?
Francisco Rezek - O juiz brasileiro na Corte de Haia, qualquer que fosse a pessoa, levaria neste momento o que tem sido a cara do Brasil, com consequências boas e efeitos colaterais: modelo de independência e coragem. Essa é a minha absoluta prioridade.
Folha - Quais são os efeitos colaterais dessa imagem do país?
Rezek - Não tivemos 15 e sim oito votos no Conselho de Segurança da ONU -que referenda a eleição para a Corte de Haia. Isso tem a ver com a imagem do país, não plenamente restabelecida.
Folha - O que o sr. acha da participação de políticos no STF?
Rezek - O que faz a grandeza do STF é a coexistência de juízes com procuradores, professores universitários e extraordinárias figuras que vieram da política. Deus nos livre da reserva de mercado e da homogeneidade do STF.

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