São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996 |
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Ex-secretário de Luiza Erundina enfrenta o PT
PAULO MOTA
Malfitani dirigiu a campanha de Erundina (1988) e, em 1992, afastou-se da direção da campanha de Eduardo Suplicy para a Prefeitura de São Paulo após entrar em conflito com a cúpula do PT. Em 1994, Malfitani foi o responsável pela campanha de TV da candidatura de Francisco Rossi (PDT) ao governo de São Paulo. Para ele, a ida de Rossi para o segundo turno foi a "melhor resposta" para as críticas que recebeu dos petistas. Ricardo Rosado, um dos coordenadores da campanha de Vilma Faria, diz que Malfitani é o "nome ideal" para o desafio do segundo turno. "Além de ser um dos melhores profissionais do país, conhece como ninguém a trincheira adversária", diz. Malfitani diz que continua sendo petista e que só resolveu trabalhar para Vilma Faria porque o PSB é um "aliado histórico" do PT. "Não vou fazer espionagem contra o PT", diz. Ele afirma que no primeiro turno recebeu propostas para trabalhar para o PSDB de Porto Alegre e Belo Horizonte, mas recusou para "não trair" suas convicções. "Estou na campanha de Vilma porque ela é a melhor candidata e porque não encontrei espaço no PT. Ofereci-me para trabalhar de graça em qualquer das cidades em que o PT disputa o segundo turno e fui esnobado", diz Malfitani. Oligarquia O coordenador de comunicação de Fátima Bezerra, Leilton Lima, diz que a vinda de Malfitani não mete medo. "Se o Malfitani conhece o PT, nós conhecemos a oligarquia dos Maia muito bem." Uma das estratégias petistas tem sido usar a aliança de Faria com o PFL, que em Natal é dirigido pelo o ex-governador José Agripino Maia, para rotulá-la como a candidata da "oligarquia Maia". Na TV, Vilma Faria e Fátima Bezerra brigam para se apresentar como a candidata que encarna melhor o sentimento de mudança manifestado pelo eleitores no primeiro turno. "Natal escolheu duas mulheres de esquerda porque quer mudança", diz Malfitani. Baseado em pesquisas que apontam uma aprovação da população para a primeira administração de Vilma Faria como prefeita da cidade, o programa do PSB vende a tese de que a eleição dela representa "uma mudança responsável". Também apresentam exemplos de disputas internas do PT na administração do governador do Espírito Santo, Vítor Buaiz (PT), para mostrar que a eleição de Fátima Bezerra é "um salto no escuro". A campanha de Bezerra responde mostrando experiências "bem sucedidas" de administrações petistas, como o orçamento participativo de Porto Alegre (RS). Texto Anterior: Candidata do PT acusa adversária do PSB de ser apoiada por comunistas Próximo Texto: Medo do desgaste em BH leva Azeredo a reduzir participação em campanha Índice |
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