São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996 |
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Teste fere norma do direito, diz diretor
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
"Está havendo uma mudança de regra durante o jogo. Quando os alunos iniciaram o curso não sabiam dessa exigência, que agora é peça essencial para a sua conclusão", disse Sobierajski. A faculdade de direito da Universidade Federal de Santa Catarina é considerada uma das melhores do país. Seus cursos de mestrado e de doutorado receberam conceito A e B, respectivamente, da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), ligada ao MEC. Produto e produtor Avaliando as possibilidades de ações jurídicas contra a realização do provão, Sobierajski disse que caberia um mandado de segurança, que poderia ser impetrado por alunos. Para o diretor, o provão propõe que "o produto (aluno) avalie o produtor (universidade)". Segundo Sobierajski, esse tipo de avaliação não estaria certo. Eficácia Sobierajski afirmou que o Plano de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras, já existente, é mais eficaz, porque envolve outros itens, além do teste dos alunos. "O resultado (do provão) não vai definir nada. A idéia tem um ângulo bem limitado", afirmou o diretor. Listão Na faculdade de direito da Universidade Federal de Santa Catarina estão listado 73 alunos para o provão. "A maioria, pelo que se tem ouvido, vai apenas marcar presença, deixando a prova em branco. É uma opção pessoal", disse ontem o diretor. Na noite de terça-feira, o Conselho Universitário da federal catarinense aprovou, segundo Sobierajski, uma moção contra a realização do provão. Texto Anterior: MEC impôs sigilo total em torno do exame Próximo Texto: Grupo estuda para curso ter boa nota Índice |
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