São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996 |
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País receberá US$ 10 bi de investimentos
ANTONIO CARLOS SEIDL
O Brasil recebeu US$ 11,2 bilhões de investimentos das empresas transnacionais norte-americanas -seis vezes e meia mais do que a China- no triênio 1993-95, ficando à frente também do México e dos países da Europa Oriental. É o que revela o relatório "Tendências do Investimento Direto no Brasil e no Mundo", da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica). Octavio de Barros, diretor técnico da Sobeet, diz que uma análise do fluxo recente dos investimentos dos EUA, Alemanha e Japão revela que está havendo uma definição clara de prioridades. "O Brasil é o espaço mais relevante para o investimento norte-americano; os países da Europa Central e Oriental são o espaço relevante para o investimento alemão; a China e os países da Ásia são os mais relevantes para o investimento japonês", diz. Barros estima que os investimentos diretos (capital que segue para a atividade produtiva) estrangeiros no Brasil alcançarão a cifra recorde de US$ 10 bilhões em 1997. Segundo projeção da Sobeet, dos investimentos diretos no Brasil no ano que vem, 40% serão destinados a fusões e aquisições de empresas, inclusive para a privatização, e 60% no chamado "greenfield", investimentos em projetos novos de ampliação da capacidade de produção ou novos empreendimentos comerciais e de serviços. Alemanha Uma pesquisa recente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha confirma que as empresas transnacionais alemãs estão em processo de retomada de investimentos no Brasil. Na última reunião anual da Comissão Mista Brasil-Alemanha, em Dresden, no mês passado, os empresários alemães foram conclamados a participar ativamente das privatizações no Brasil. A delegação da Alemanha estimou que o investimento alemão na desestatização dos setores de energia elétrica, infra-estrutura e telecomunicações pode chegar a US$ 1 bilhão em 1997. O Brasil é o segundo maior espaço no mundo para a indústria automobilística alemã, perdendo somente para a Bélgica, o terceiro para a indústria mecânica e o oitavo para a indústria química. Barros diz que a mesma tendência ocorre com o Japão. O somatório dos investimentos japoneses no Brasil no triênio 1993-95 (US$ 1,9 bilhão) já é superior aos investimentos em toda a América Latina (US$ 1,4 bilhão). Texto Anterior: Fazenda paulista aceita receber ICMS atrasado em até 60 meses Próximo Texto: Executivos estão otimistas Índice |
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