São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Preços de telefones caem sem parar em São Paulo

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

Os preços das linhas telefônicas comercializadas no mercado informal de São Paulo não param de cair desde que a Telesp anunciou seu novo plano de expansão foi anunciado, em maio passado.
Tomando por base dez linhas bem comercializadas na região, pesquisadas pelo Datafolha, o preço médio caiu de R$ 4,5 mil no final de maio para R$ 3,6 mil no final de outubro (ver gráfico).
Essa média é próxima da registrada em março de 1994.
Isso comprova que o investimento em telefone se tornou mesmo um mau negócio.
Um aluguel de telefone pode equivaler hoje a cerca de 3% do valor da linha, percentual bem superior ao das aplicações financeiras. O problema é que o preço cai.
Edmon Rubies, da Bolsa de Telefones, empresa que intermedeia negócios no mercado livre de São Paulo, concorda que telefone deixou de ser investimento.
Mas a queda atual dos preços chega a surpreender Rubies porque a oferta continua sendo insuficiente para atender à demanda.
Logo após o anúncio da Telesp, ele previa a recuperação dos preços a partir de agosto.
Essa expectativa não se confirmou, diz Rubies, porque muitas empresas que atuam no setor obtiveram liminares na Justiça para vender linhas novas antes do prazo de 18 meses fixado pela Telesp.
A oferta de celulares também contribui para a queda dos preços. É comum, hoje em dia, pessoas que moram ou trabalham em São Paulo usarem o celular em casa ou no escritório, como telefone fixo, ou ainda comprarem aparelhos de outras cidades. A desvantagem dessa prática é a conta no final do mês.

Texto Anterior: Sociólogo vê 'lógica' em sistema
Próximo Texto: Eleições nos EUA
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.