São Paulo, domingo, 10 de novembro de 1996
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4 promotores investigam gestão

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A figura do promotor independente foi criada por lei de 1978, ainda na esteira do escândalo de Watergate, com o objetivo de evitar conflitos de interesses em casos em que os suspeitos sejam autoridades muito próximas do centro do poder executivo.
O promotor independente recebe verbas do Executivo, mas não presta contas a ele, e sim à Justiça Federal. O secretário da Justiça é quem determina se um promotor independente deve ser apontado, mas quem o nomeia é uma corte federal composta por três juízes.
Quatro promotores independentes foram instalados no governo Clinton: o do caso Whitewater, o que apura denúncias de tráfico de influência no Departamento de Agricultura na gestão de Mike Espy (que se demitiu), o que investiga se o secretário da Habitação, Henry Cisneros, mentiu à Justiça Federal num episódio envolvendo compensação financeira a uma ex-amante e o que determinava se o secretário do Comércio Ron Brown (morto ano passado em acidente de avião) fazia negócios ilegais no governo.
A administração de Jimmy Carter (1977-1981) teve dois promotores independentes, a de Ronald Reagan (1981-1989), seis (o mais famoso, o do caso Irã-Contras) e a de George Bush (1989-1993), dois.
Janet Reno examina a possibilidade de autorizar a constituição de mais um promotor independente para o "Asiagate", que envolve denúncias de contribuições ilegais à campanha da reeleição.
(CELS)

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