São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 1996
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Consumo de cerveja explode na China

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

A China deve se tornar o maior mercado consumidor de cerveja do mundo no final deste século. Para ultrapassar os Estados Unidos, atual número um do ranking, o mercado chinês cresce a uma taxa anual de 22% desde 1983.
Trata-se do mercado de cerveja que se expande com mais velocidade em todo o planeta. Os chineses mudam hábitos de consumo estimulados pela maior influência de modismos estrangeiros e aumento de seu poder aquisitivo.
Desde 1978, o Partido Comunista chinês implementa reformas que trazem o capitalismo. A China se transformou em dona de uma economia responsável por taxas anuais de crescimento de 11,8% em 1994 e 10,2% no ano passado.
Estima-se que em 2000 o consumo anual de cerveja na China atingirá 25 bilhões de litros (consumo per capita de cerca de 20 litros).
Mesmo se transformando no mercado que consome o maior volume de cerveja no planeta, o consumo per capita chinês ainda vai ficar abaixo de países como os EUA. O mercado norte-americano registra uma taxa per capita de 92 litros/ano, enquanto na China é de apenas 12 litros/ano.
País do chá e do vinho de arroz, a China abriga hoje 800 cervejarias. Pelo menos 40 delas contam com investimento estrangeiro, o que significa a presença de marcas como as norte-americanas Budweiser e Miller, a holandesa Heineken e a japonesa Kirin.
As cervejarias com capital estrangeiro respondem por 5% da produção. A entrada de marcas internacionais traz novas tecnologias e obriga as empresas chinesas a se modernizarem.
A Anheuser Busch, dos EUA, abriu em 95 uma unidade no país. Sua marca Budweiser já abocanhou 80% do mercado local de cervejas consideradas de "média e alta qualidade". A Heineken tem três unidades de produção. Uma lata de cerveja em Pequim custa cerca de 3,5 yuans (US$ 0,42).

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