São Paulo, segunda-feira, 11 de novembro de 1996
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Direção é o ponto fraco

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O resultado musical da produção de "Il Guarany" em Washington foi, em diversos momentos (como no dueto "Sento una Forza Indomita"), bastante bom. Mas o visual teve menos pontos extraordinários para serem destacados.
A orquestra, sob a direção do brasileiro John Neschling, interpretou com competência a partitura original de Gomes, reconstituída graças ao trabalho de arqueologia musical do maestro também brasileiro Silvio Barbato.
O que decepcionou foi a direção do alemão Werner Herzog. Assim como quem vai assistir a "Aída" de Franco Zefirelli espera uma concepção hollywoodiana, quem vai à ópera de Herzog se julga no direito de ver algo que lembre o expressionismo existencialista dos seus filmes. Isso está ausente em "Il Guarany", talvez pelas limitações do fraco libretto.
(CELS)

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