São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 1996 |
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IML admite ter trocado dois corpos
OTÁVIO CABRAL
O corpo que está enterrado no Rio de Janeiro como sendo da aeromoça Mariceli Pires Carneiro, na realidade, deve ser de Flávia Stalti, de Londrina (PR). A troca foi esclarecida durante os exames de DNA (material genético da pessoa) com os quatro corpos que ainda não foram identificados. Os peritos do IML receberam do dentista João Ziober dois dentes molares que haviam sido arrancados de Flávia Stalti. Mas, analisando os corpos, o IML verificou que todos tinham os molares. Constatou-se, então, que Flávia já havia sido identificada e enterrada erroneamente. O próximo passo foi comparar o DNA de parentes de Flávia Stalti com o material que havia sido guardado de todas as 17 mulheres que morreram no acidente. O exame mostrou que o código genético de Flávia é semelhante ao da mulher que havia sido enterrada como sendo Mariceli. Na manhã de hoje uma equipe do IML de São Paulo deve exumar o corpo enterrado no Rio para confirmar oficialmente que se trata de Flávia Stalti. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o IML se eximiu da culpa pela troca, dizendo que a família de Mariceli assinou um termo de reconhecimento do corpo. O reconhecimento foi feito no dia seguinte ao acidente pelo tio de Mariceli, Manoel Pires Carneiro. Ele afirma que identificou o corpo por uma cicatriz que Mariceli tinha no seio, devido a uma operação plástica. As famílias de Mariceli e de Flávia não quiseram comentar a troca dos corpos. Outros três corpos -de Luís Lauro Romero, Gilberto Aquino Jr. e Maria S. Lima- continuam sem identificação. Por exclusão, o único corpo de mulher que restou é o de Maria Lima. Mas o IML informou que só vai liberá-lo após os exames de DNA, que devem sair até o final desta semana. Texto Anterior: Esquadrilha da fumaça nega falha de manutenção Próximo Texto: Piloto nega problema em jato Índice |
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