São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 1996
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Governo faz leilão de títulos cambiais

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

O mercado voltou do feriado prolongado com uma notícia tranquilizadora. O governo ofereceu ontem títulos cambiais com vencimento em abril do ano que vem.
O Tesouro leiloou o equivalente a R$ 650 milhões em NTNs (Notas do Tesouro Nacional) série D (com variação cambial) à taxa de 14%.
Essa medida ajudou a reduzir um pouco mais as preocupações do mercado com a possibilidade de alguma mexida no câmbio por conta do déficit (total das importações maior que as exportações) da balança comercial.
Afinal de contas, não haveria sentido o governo aumentar o seu endividamento cambial (com o leilão) se estivesse pensando em promover alguma desvalorização do real no curto prazo.
Além disso, o mercado esteve atento às declarações do ministro da Fazenda, Pedro Malan, de que o déficit de outubro teve forte componente sazonal.
O ministro disse também que o governo já espera resultados da desoneração do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para os próximos meses.
O ministro afirmou que quem quiser apostar contra o Plano Real pode apostar.
Ontem, por exemplo, o Banco Central não atuou, apesar de a cotação de compra do dólar comercial (usado na exportações e importações) ter ficado abaixo do piso da minibanda de variação cambial.
As mesas de câmbio, que abriram os negócios a R$ 1,0303 na ponta vendedora, fecharam o dia negociando a moeda norte-americana a R$ 1,0295 na venda.
Os contratos de dólar futuro recuaram em todos os meses de negociação.
O contrato de abril de 97 (reflete a expectativa cambial de março) recuou 0,25% ontem, depois das fortes altas da semana passada.
Bolsas
O anúncio do lucro da Petrobrás nos primeiros nove meses deste ano repercutiu bem nas Bolsas de Valores.
A expectativa de solução para a conta-álcool também ajudou na alta da estatal. Petrobrás PN subiu 4,2% ontem.
Vale do Rio Doce PN também foi destaque, com alta de 1,9%, devido a declarações favoráveis à privatização feitas por políticos.

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