São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Policiais reforçam segurança na USP

Prefeitura da Cidade Universitária pede reforço

DA REPORTAGEM LOCAL

Desde ontem, a segurança no campus da USP (Universidade de São Paulo) está sendo reforçada pela presença de policiais militares em viaturas da guarda universitária.
O reforço foi solicitado pela Prefeitura da Cidade Universitária ao 16º Batalhão da Polícia Militar, em ofício encaminhado no último dia 7.
Segundo o comandante do 16º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel José Francisco Giannoni, o pedido foi motivado pelo aumento da violência no campus.
Entre janeiro e outubro deste ano, 156 veículos foram furtados e 9 foram roubados à mão armada dentro do campus. Houve 132 pessoas furtadas e 12 assaltadas no mesmo período.
Em junho, o dono da lanchonete da ECA (Escola de Comunicações e Artes) foi morto ao reagir a um assalto feito por dois menores.
Para o presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Márcio Alexandre Barbosa Lima, a ação fere a autonomia da universidade.
Segundo ele, a presença da polícia não vai resolver o problema da violência no local. "Isso aqui é uma cidade e não um condomínio fechado. A universidade tem condições de resolver o problema sem o auxílio da polícia."
Claudionor Brandão, um dos diretores do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), afirma que o ambiente universitário não é compatível com a militarização. "Por princípio somos contra o policiamento no campus."
O prefeito da Cidade Universitária, Antonio Rodrigues Martins, e o reitor da USP, Flávio Fava de Moraes, estavam viajando e não foram encontrados ontem pela reportagem da Folha para comentar o assunto.

Texto Anterior: Secretário quer que PM cobre mais caro
Próximo Texto: Garoto de 14 anos é morto por policial
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.