São Paulo, sexta-feira, 22 de novembro de 1996
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Fogo mata 39 em prédio de Hong Kong

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Faíscas de solda foram a causa provável do incêndio que matou 39 pessoas anteontem em um edifício de Hong Kong.
"Uma testemunha afirmou que trabalhos de soldagem estavam sendo feitos em um dos fossos de elevador e que uma fagulha atingiu combustíveis no fundo do fosso", disse Peter Cheung, comandante dos bombeiros.
Ele afirmou, porém, que duas equipes continuavam vistoriando o edifício para determinar com exatidão as causas do desastre.
O relatório final deve ser divulgado dentro de duas semanas.
O fogo atingiu na tarde de quarta-feira um edifício de 16 andares em Kowloon, principal bairro comercial e turístico da colônia britânica.
O incêndio foi o pior registrado em um edifício na história da colônia. As chamas se espalharam rapidamente para os andares superiores do prédio.
Há pelo menos 80 feridos, sendo que 46 deles continuavam hospitalizados ontem. Entre as vítimas fatais está um bombeiro, que caiu no fosso do elevador.
Mais de 200 bombeiros, apoiados por 38 caminhões e dois helicópteros, levaram mais de 20 horas para controlar o incêndio.
Cerca de cem pessoas foram resgatadas do edifício em chamas. Imagens de TV mostraram pessoas saindo pelas janelas, agarrando-se aos aparelhos de ar condicionado à espera de socorro. Alguns saltaram das janelas para escadas colocadas pelos bombeiros.
Falhas
Acredita-se que a falta de equipamentos de combate a incêndios e o design do edifício, construído há 21 anos, tenha facilitado a expansão das chamas. As saídas de emergência do prédio também estavam bloqueadas.
O fogo atingiu primeiro os quatro andares inferiores, indo depois para a parte superior do prédio pelo fosso do elevador.
Segundo Cheung, como todas janelas estavam fechadas, a fumaça e o fogo se expandiram rapidamente para os andares superiores.
O maior número de vítimas fatais foi achado no escritório de uma joalheria, no 12º andar. Foram encontrados no local 22 pessoas mortas.
O governador de Hong Kong, Chris Patten, pediu que seja implantada uma legislação mais severa quanto a normas de segurança contra incêndios.
Ele esteve no local do incêndio e anunciou que o governo de Hong Kong vai fornecer auxílio às famílias das vítimas.
A rainha Elizabeth 2ª, do Reino Unido, e o chanceler britânico, Michael Rifkind, mandaram mensagens de condolência às vítimas da tragédia.

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