São Paulo, sábado, 23 de novembro de 1996
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EUA revê proibição de visto para servidor do Ministério da Justiça

Embaixador diz que não havia recebido cartas de Jobim

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O serviço diplomático dos Estados Unidos no Brasil decidiu rever sua decisão de rejeitar vistos para entrada naquele país a três funcionários do Ministério da Justiça.
Os servidores foram impedidos de viajar anteontem à noite para Orlando (Flórida) para participar do 1º Fórum Panamericano de Administração Pública.
Apenas o coordenador-geral de Recursos Humanos, Márcio Arcoverde, 36, conseguiu transferir o vôo para ontem. Karla da Silva Nunes, 20, e Margareth Andrade Santos, 24, não embarcaram e disseram que cancelariam a viagem.
Embora o fórum fosse o motivo da viagem, os três deveriam fazê-la em caráter particular (pagando as despesas), o que levou a embaixada a negar os pedidos de visto.
Nos dias 14 e 19 últimos, o próprio ministro Nelson Jobim (Justiça) já havia enviado duas cartas ao embaixador norte-americano no Brasil, Melvyn Levitsky.
Nas correspondências, confirmava que os três eram funcionários do governo e que pretendiam participar do fórum.
Em resposta a Jobim, o embaixador mandou ontem carta em que diz que recebeu a última correspondência apenas ontem e que esteve atarefado nos últimos dias.
Informalmente, a embaixada admite que o fato de Karla e Margareth serem jovens e de uma delas não ter terminado o 2º grau dificultou a aprovação dos pedidos. Elas caracterizariam turistas interessadas na permanência.
A representação norte-americana divulgou nota sobre o caso. "Os funcionários da seção consular precisam fazer centenas de julgamentos todos os dias", afirma a nota da diplomacia dos EUA.

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