São Paulo, sábado, 23 de novembro de 1996
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Malan quer que país seja ouvido na OCDE

Lampreia participou

BETINA BERNARDES
DE PARIS

Os ministros Pedro Malan (Fazenda) e Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores) foram ontem à sede da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), em Paris.
O objetivo do encontro foi discutir, principalmente, como o país pode influir na formulação do acordo multinacional de investimentos.
Eles se reuniram com Donald Johnston, secretário-geral da OCDE. Foi o primeiro diálogo em nível ministerial com o secretário da OCDE.
Industrializados
O organismo reúne os 29 países mais industrializados do mundo.
É um órgão diretivo, foro onde se faz a doutrina da globalização, por intermédio de numerosos comitês que realizam essa avaliação e evolução de um pensamento macroeconômico de políticas públicas.
O Brasil não é membro pleno do organismo, mas participa do Centro de Desenvolvimento Econômico e do Comitê do Aço.
O país tem interesse em fazer parte de outros quatro comitês: o da administração pública, o de investimentos em empresas multinacionais, o da revisão macroeconômica e o de comércio internacional.
O processo de entrada na OCDE é complexo. O último país a entrar foi a Coréia do Sul, que levou dois anos negociando suas políticas públicas. Mesmo sem ser membro efetivo, o Brasil quer participar das negociações do acordo multinacional de investimentos diretos.
Discussões
O acordo vem sendo discutido na OCDE desde 95 e deve estar concluído em meados de 97. Terá cláusulas de investimentos que permitirão exceções, se relacionando a uma série de aspectos dos países, como regulamentos sobre sociedades anônimas, remessa de dinheiro, impostos e comércio.

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