São Paulo, sábado, 23 de novembro de 1996
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O. J. depõe, afirma ser inocente e nega ter batido na ex-mulher

Ex-jogador americano diz que apanhava de Nicole Brown

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Em seu primeiro depoimento legal sobre a morte, em junho de 1994, da ex-mulher e de um amigo dela, o ex-ator e ex-jogador de futebol americano O. J. Simpson negou ontem ter batido nela e reiterou ser inocente dos crimes.
Simpson foi absolvido no ano passado da acusação criminal pelo duplo homicídio. Mas está sendo processado pelas famílias das vítimas, que desejam vê-lo responsabilizado pelas mortes de Nicole Brown e Ronald Goldman.
A defesa impediu que o réu fosse convocado a depor no caso criminal. Mas ele não tem esse direito no caso civil. Seu testemunho começou ontem e pode se estender até terça-feira. Ao contrário do primeiro julgamento, nesse não há câmeras de TV no tribunal.
Jornalistas presentes ao depoimento disseram que Simpson demonstrou grande nervosismo.
Apesar de ele não ter negado em 1989 acusações feitas pela ex-mulher de agressão física, ontem ele sugeriu que ela pode ter forjado ferimentos naquele caso e repetiu várias vezes que "nunca" bateu nela. Ao contrário, afirmou, Nicole Brown era quem batia nele.
Confrontado com as fotos da ex-mulher ferida, Simpson disse que no episódio ele só tentou contê-la e retirá-la do quarto e que sua mão pode "acidentalmente" ter se chocado contra o rosto dela.
Simpson afirmou que Nicole Brown mentiu quando escreveu em seu diário e contou a amigas que ele batia nela.
Se for condenado, o ex-jogador de futebol americano terá de pagar indenização não especificada às famílias das vítimas, mas não pode ser preso pelo crime.

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