São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996 |
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ACM quer 'pulverização' de ações da Vale
ANTONIO CARLOS SEIDL
A principal característica desse modelo, criado pelos conservadores britânicos durante o governo da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, de 1979 a 1991, é a oferta de um grande bloco de ações ao público em geral. A idéia de ACM contraria a estratégia governamental para a venda da estatal. A proposta do governo prevê a transferência do controle da empresa, por meio de um leilão de um bloco de 45% das ações. O senador lançou sua proposta ontem, após almoço na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), onde foi recebido pelo presidente da entidade, Alfredo Rizkallah, conselheiros e empresários. O senador baiano acredita que a "pulverização" das ações da Vale, seguindo o "modelo inglês" de ampliação da base de acionistas no país, é "mais convincente perante a opinião pública". ACM disse que vai levar sua idéia ao presidente Fernando Henrique Cardoso "para ver se ele gosta". E depois, se FHC aprovar, pretende apresentar a iniciativa no Congresso "dentro de uns dez dias". Já tramita no Senado um projeto de lei que dá poderes ao Congresso de impedir a venda de estatais (leia texto ao lado). Cronograma O senador baiano disse acreditar numa mudança do cronograma do governo na medida em que surjam outros tipos de propostas. "O presidente sempre se mostra sensível a atender esses reclamos. Acho que o próprio presidente, se for necessário, muda." O governo já admite adiar o início da privatização da Vale. Na semana passada, o diretor de desestatização do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), José Pio Borges, disse que o leilão da Vale pode ser adiado de fevereiro para março. O leilão seria adiado, disse Borges, se os interessados na compra da empresa pedirem a ampliação do prazo de consulta de dados de duas para três semanas. Texto Anterior: Compra de títulos agrários é apurada Próximo Texto: Projeto do PT sofre investida Índice |
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