São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996
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Líderes não chegam a solução no ES

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Fracassou a tentativa da direção do PT para conseguir uma solução rápida para o conflito entre o governador do Espírito Santo, Vitor Buaiz (PT), e a maioria dos parlamentares do partido no Estado.
Depois de um dia inteiro de reunião em Vitória, o máximo atingido foi um calendário que tentará, a partir de 97, definir uma proposta de reforma do Estado para ser aplicada pelos governos petistas.
A intenção da maioria da cúpula do partido era marcar uma convenção extraordinária do PT capixaba para definir quem tem maioria. Quem perdesse, seria obrigado a acatar as decisões do vencedor. A proposta foi rechaçada pelos dois lados.
Alegou-se que era impossível preparar uma convenção no final do ano e que seria melhor manter a disputa já marcada para maio ou, no máximo, junho de 97.
Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu (presidente do PT), Cândido Vaccarezza (secretário-geral) e Sandra Starling (líder da bancada na Câmara) estiveram em Vitória.
"Nós conseguimos restabelecer a civilidade na disputa", afirmou Dirceu. O dirigente reconheceu ainda que a falta de definição de uma política de reforma do Estado estava pesando no conflito interno capixaba.
Demissões no funcionalismo e privatizações são as duas principais polêmicas entre Buaiz e seus adversários petistas.
"Os governadores nos pedem uma receita para enfrentar a reforma administrativa do governo federal, mas a verdade é que ainda não temos uma política para o assunto", declarou Dirceu.
Lula
A proposta aprovada na reunião, que posterga a definição do imbróglio capixaba, teve Lula como articulador.
Entre outros pontos, estabelece que a mesma comitiva que foi ontem a Vitória fará reuniões com as duas partes a cada dois meses. Também foi decidido que quinzenalmente Buaiz, parlamentares e a Executiva local do PT vão se encontrar, com a monitoração de um dirigente nacional ainda a ser escolhido.

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