São Paulo, terça-feira, 26 de novembro de 1996 |
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CNI pressiona e governo muda apoio
VALDO CRUZ; FERNANDO GODINHO
O Palácio do Planalto chegou a se inclinar pela manutenção de Guilherme Afif Domingos no cargo, mas recuou depois que as confederações cobraram um acordo que teria sido feito com o próprio governo sobre a sucessão no Sebrae. Pelo acerto, o governo teria se comprometido a apoiar a eleição de um representante da CNA (Confederação Nacional da Agricultura). Pio Guerra Júnior é diretor financeiro da entidade. A decisão de manter o acordo foi acertada em rápido encontro entre o presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Fernando Bezerra. O apoio a Pio Guerra Júnior foi levado ao conhecimento da CNI pelos ministros Paulo Paiva (Trabalho) e Francisco Dornelles (Indústria, Comércio e Turismo). Segundo a Folha apurou, o atual presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, está tentando reverter a decisão com o apoio de pefelistas. Afif Domingos iria ontem para São Paulo no início da tarde, mas decidiu permanecer em Brasília. Na campanha para ganhar o apoio do governo, ele conseguiu levar ao Palácio do Planalto, na semana passada, 2.000 empresários. A audiência, para comemorar as mudanças na tributação das micro e pequenas empresas, virou um ato pró-reeleição de FHC. Um representante da CNA já deveria ter assumido a presidência do Sebrae antes de Afif Domingos. Essa era a intenção das quatro confederações. Só que o atual presidente negociou seu mandato com o governo Itamar Franco. Ficou acertado que o governo, na época, apoiaria Afif Domingos, que colocaria Mauro Durante, ex-ministro de Itamar, como diretor-presidente do órgão. (VALDO CRUZ e FERNANDO GODINHO) Texto Anterior: Suspeita provoca troca de procurador Próximo Texto: Paes retira candidatura Índice |
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