São Paulo, quarta-feira, 27 de novembro de 1996
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Aquino fatura R$ 16 milhões

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O empresário Jaime Tomás de Aquino, 72, considerado o "rei do caju", costuma receber convidados em sua fábrica, em Fortaleza, oferecendo um banquete com 34 variedades de pratos fabricados a partir da parte carnosa do caju.
Na entrada são servidos patês, torradas, pastéis, bolinhos e molhos picantes.
No prato principal, a escolha é entre bifes, muquecas, lasanhas, ensopados e até pizzas.
O menu inclui também doces, musses, pudins, quindins e cremes como sobremesa.
Entre os que já provaram e fizeram questão de declarar que aprovaram a culinária desenvolvida pelo mestre-cuca Ari Ferreira da Silva, funcionário de Aquino, estão o ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, e a escritora Rachel de Queiroz.
Proprietário de 90 mil hectares de cajueiros e tendo um faturamento anual de R$ 16 milhões com sua fábrica, Aquino é considerado o maior produtor de castanha de caju do Brasil.
Ele se diz "revoltado" com o desperdício da parte carnosa do caju.
"É um absurdo que num país onde as pessoas morrem de fome um alimento tão rico seja jogado fora", diz Aquino.
O "rei do caju" diz que a parte carnosa da fruta é também uma excelente matéria-prima para a fabricação de ração para animais.
Apesar de ter desenvolvido a variedade de pratos à base de caju, Aquino não pretende industrializá-los.

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