São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996 |
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REPERCUSSÃO Edemar Cid Ferreira, 53, presidente da Fundação Bienal - "A obra de arte não tem fronteiras, leva quem puder pagar mais. É lógico que você não pode tirar o patrimônio histórico de um país, que está tombado, mas o resto é livre comércio. Principalmente nesta época de globalização, o que vale é o mercado. Fico feliz que um quadro de Di Cavalcanti tenha alcançado esse preço. Vejo que a arte brasileira começa a se valorizar no exterior e acredito que outros quadros seguirão esse caminho. Os compradores brasileiros também querem liquidez, ninguém compra por nacionalismo." Luiz Marques, 44, curador chefe do Masp - "Qualquer pintor que é apreciado internacionalmente deve ser motivo de orgulho. Não acho que devamos desenvolver uma reação negativa pelo fato de um argentino disputar um quadro brasileiro no mercado. Ao contrário, devemos aplaudir o Di Cavalcanti por estar mostrando o Brasil lá fora, e não olhar tanto para nós, mas fazer o que a Argentina faz, procurar pinturas de outros países." Renato Magalhães Gouvêa, 67, marchand e galerista - "Essa venda é prova evidente de que os brasileiros estão comendo barriga e deveriam estar comprando as obras de brasileiros por preços mais altos. A obra de arte tem que circular porque é um valor internacional. Não tenho esse espírito chauvinista de achar que é mal um estrangeiro comprar obras brasileiras." Texto Anterior: Di Cavalcanti é a estrela na Christie's Próximo Texto: Constantini vai expor em SP Índice |
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