São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 1996 |
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Professor cria a 'teoria étnica'
BRUNO BLECHER
"O suicídio faz parte da história da cidade. Venâncio tem uma espécie de permissão para que o suicídio aconteça", diz. Para ela, o suicídio está ligado a vários fatores, como a etnia alemã. A opinião de Karla é partilhada pelo antropólogo Everton Nobre, professor da Universidade de Santa Cruz do Sul e autor de um estudo sobre os suicídios na região. "É pouco provável a relação entre os agrotóxicos e os suicídios", diz Nobre. "Os índices na cidade já eram elevados na década de 60." Para ele, a causa está mais ligada aos aspectos culturais. "Os colonos têm valores muito rígidos." Outra hipótese apontada pelo antropólogo é a crise financeira. "Os produtores têm consciência do valor que o fumo tem, mas não conseguem preço justo." A "germanidade", como ficou conhecida a teoria de Nobre, pode ter alguma influência sobre os suicídios no RS, mas cai por terra quando se busca uma explicação para as mortes de Arapiraca. (BB) Texto Anterior: Venâncio Aires convive com a depressão e enforcamentos Próximo Texto: Indústria escolhe os pesticidas Índice |
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