São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 1996
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Atletismo e handebol 'vingam' as mulheres; Da população brasileira; Os homens ganharam; Jogos têm 'clube do Bolinha e da Luluzinha'; Meninas têm medo de se masculinizar

DA POPULAÇÃO BRASILEIRA,

Atletismo e handebol 'vingam' as mulheres
Segundo a pesquisa da Folha, os dois esportes apresentam a menor disparidade entre os sexos. O atletismo tem 7.592 homens (61,3%) e 4.801 mulheres (38,7%); o handebol, 9.759 (59%) e 6.792 (41%). Nas demais modalidades, exceto a ginástica, a diferença aumenta. No remo e ciclismo, por exemplo, para cada praticante do sexo feminino há, respectivamente, 9 e 10,6 do masculino. Já para o secretário-geral da confederação de judô, Marcos Madeira, a quantidade de mulheres deve aumentar em seu esporte devido ao sucesso de Edinanci Silva.

50,6% são mulheres, segundo o Censo Demográfico de 1991, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Os homens ganharam
11 das 15 medalhas para o Brasil em Atlanta: atletismo (4 x 100 m), futebol, hipismo, iatismo (3), judô (2) e natação (3)

Jogos têm 'clube do Bolinha e da Luluzinha'
Mesmo com prática livre a homens e mulheres, algumas modalidades sofrem restrições de sexo nas competições olímpicas. Softbol, ginástica rítmica e nado sincronizado são só femininos. Beisebol, boxe, pentatlo, pólo aquático, levantamento de peso e luta são exclusivamente masculinos.

Meninas têm medo de se masculinizar
Dirigentes do remo, levantamento de peso, luta e canoagem dizem que o preconceito atrapalha o ingresso de mulheres. "O mito de que o nosso esporte deixa as mulheres de ombros largos e calos nas mãos afastou as praticantes", contou Rodney Araújo, presidente da confederação de remo.

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