São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 1996
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Cantora lírica é "compulsiva" por coleções

PATRICIA DECIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Para jornaleiros e representantes de editoras, o público que consome cultura nas bancas de jornal é, em geral, formado por quem tem menor poder aquisitivo e não cultiva o hábito de frequentar livrarias e lojas de CD.
Mas há exemplos diferentes. É o caso de Sandra Mara Félix, 32, pós-graduanda da Universidade Federal do Rio de Janeiro e cantora do coral do teatro Municipal de São Paulo.
Ela diz ser quase compulsiva pelas coleções em fascículos e por CD-ROMs vendidos em bancas. Tem mais de 150 em casa. Algumas vezes, se surpreende positivamente, como em "Opera Collection".
"Comprei o primeiro fascículo no Rio e achei superlegal. Para quem é da área tem muitas vantagens, como o libreto bilíngue. Além disso, o nível dos intérpretes me surpreendeu. Fiquei feliz especialmente com as óperas com a Joan Sutherland, de quem sou fã", afirmou.
Sandra é do tipo que compra até revistas que não a interessam, como uma publicação sobre automóveis, apenas por causa do CD. "Mas eu também acabo parando a maioria das coleções no meio."
Depoimentos de donos de banca mostram que esses produtos não são o que primeiro leva o cliente até o local. "Eles vão comprar jornal ou uma revista famosa, vêem o CD e começam a coleção", diz Nessim Safra, proprietário de bancas na rua Oscar Freire e na Liberdade, em São Paulo.
(PD)

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