São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 1996
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Documentário holandês adapta Drummond

ALMIR LABAKI
DO ENVIADO ESPECIAL

O filme "O Amor Natural", retrato da sensualidade brasileira filtrado do livro póstumo homônimo de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), abriu ontem a nona edição do Festival Internacional de Documentários de Amsterdã.
Foi o lançamento mundial dessa produção holandesa dirigida pela cineasta peruana radicada na Holanda Heddy Honigmann, 45.
O terceiro longa de Honigmann fora inicialmente batizado como "Amor e Melancolia", dando sequência a seu filme de estréia, "Metal e Melancolia" (1993), um panorama da vida no Peru a partir de seus motoristas de táxi.
"O Amor Natural", segundo a cineasta Heddy Honigmann, "glorifica o lado físico do amor, pela sobriedade e pelo humor, pela brusquidão e pela delicadeza, pela melancolia".
Presença nacional
A honrosa seleção de um filme sobre o Brasil para a sessão de abertura simboliza a ampliação da presença nacional (e latino-americana) no evento.
O Brasil aparece como tema, e não como produtor na competição. Mas marca presença com cinco títulos dentro dos ciclos paralelos.
O Brasil é ainda cenário parcial de um dos concorrentes da disputa de vídeos.
"Blind Faith - Requiem For Revolution" (fé cega - réquiem para a revolução), de Judy Jackson, biografa o casal de jovens canadenses Christine Lamont e David Spencer, presos em São Paulo em 1989 sob a acusação de terem participado do sequestro do empresário Abílio Diniz.
Após exaustivas pesquisas para a reconstituição do itinerário dos protagonistas, Jackson conclui pela culpa do casal e se fixa na luta dos pais deles pela libertação.
(AL)

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