São Paulo, sábado, 30 de novembro de 1996
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Supermercados esperam vendas em alta com 13º

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os supermercados estão apostando nas vendas de hoje. Tradicionalmente um dia de muito movimento, este sábado deve ter vendas ainda maiores, já que os consumidores vão chegar às lojas com a primeira parcela do 13º salário no bolso.
Algumas redes esperam crescimento de até 20% nas vendas de novembro sobre as de outubro, quando o movimento foi fraco.
Essa evolução deve ocorrer principalmente nas regiões onde a taxa de inadimplência não está tão elevada como a de São Paulo.
É o caso da rede Tonin, que atua no sudoeste de Minas Gerais. Para José Sarrassini, gerente da divisão de varejo, 20% é a taxa de aumento prevista para este mês.
Em dezembro, o ritmo das vendas deve continuar bom, podendo superar em 30% o patamar de novembro e em 15% o do último mês de 1995.
Sarrassini diz se basear nas condições atuais de mercado. Segundo ele, o abastecimento está bom e os preços não diferem muito dos praticados há um ano.
Além disso, é um período em que os consumidores dispõem de maior renda. Neste ano, as vendas da rede Tonin devem superar em 11% as de 1995.
Queda
Em São Paulo, os supermercados voltaram a registrar queda nos preços nesta semana. Em média, a redução foi de 0,31%, contra queda de 0,37% na anterior.
O mesmo não corre com os hipermercados. Findas as promoções das principais redes, os preços subiram pela terceira semana consecutiva. A alta foi de 0,2% na semana. Nas anteriores, os reajustes tinham sido de 1,61% e 0,43%, respectivamente.
Os dados são do Datafolha, que pesquisa cem itens em 18 supermercados e 18 hipermercados no município de São Paulo. A pesquisa abrange os setores de alimentação, produtos de higiene e de limpeza. Nesta semana, foram feitas 7.308 tomadas de preços.
As maiores evidências do fim das promoções nos hipermercados podem ser verificadas no setor de hortifrútis, onde os preços tiveram reajuste médio de 69,4%.
Conforme outra pesquisa do Datafolha, o custo dos alimentos básicos teve recuo de 0,72% na semana em São Paulo.
Já o custo da cesta básica do Dieese/Procon, que inclui produtos de higiene e de limpeza, registrou redução de 1,82% no mesmo período.

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