São Paulo, segunda-feira, 2 de dezembro de 1996 |
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CRM deve arquivar o caso Cláudia Liz
RICARDO FELTRIN
Levyman, 40, afirma que nenhuma irregularidade de infra-estrutura ou de procedimentos médicos foi localizada pelas diligências do conselho na clínica Santé. A atuação do anestesista Francisco Minan Neto também foi considerada correta e não há indícios de que as complicações com Liz tenham sido causadas por qualquer imperícia ou irregularidade nos medicamentos utilizados. O CRM ainda não sabe exatamente ou detalhadamente o que ocorreu com a modelo, mas, segundo Levyman, "é quase certo que ela tenha sofrido uma reação alérgica à anestesia ou medicamentos ministrados simultaneamente e, a partir disso, sofrido um choque anafilático". O motivo da reação alérgica, segundo ele, pode nunca ser descoberta, apesar de todos os exames. A única hipótese de o CRM não arquivar o caso ocorreria se a família da modelo e atriz -especificamente seu marido, o publicitário Celso Loducca- queixar-se formalmente ao conselho de que houve omissão de informação da clínica à família. Loducca havia criticado o fato de a Santé não tê-lo informado imediatamente das complicações. Ouvido pela Folha na última sexta-feira, Loducca disse "estar inclinado" a não fazer queixa. "O importante é que ela está bem." Segundo ele, Liz está descansando em um fazenda no interior. Ela deveria chegar ontem a São Paulo. A reportagem deixou recados e telefones de contato no celular da modelo. Até o fechamento desta edição, ela não havia telefonado para a Redação. Segundo Loducca, sua mulher não deverá abrir processos contra a clínica ou seus médicos. Levyman afirmou que, nesta semana, estará aguardando uma ligação de Loducca, que foi convidado a falar ao conselho. "Até o momento, do ponto de vista do CRM, a única coisa que pode ser questionada seria essa suposta omissão de informação do estado da paciente a sua família. Fora isso, não há nada que possa imputar culpa a alguém", disse. Pagura Levyman declarou também que o CRM vê nenhuma falha no atendimento prestado à modelo no Hospital Albert Einstein e afirmou que, "se estivesse no lugar do (Jorge Roberto) Pagura, também teria sido pessimista". "Nesses casos, o melhor é ser uma espécie de 'pessimista dialético': se o paciente piora, você já tem uma estrutura clínica e o espírito preparado. Se melhora, o estado do paciente, você fica duas vezes mais feliz." Texto Anterior: Cliente diz ter tido problemas com cartão Próximo Texto: "Postura indicava lesão no cérebro", diz Pagura Índice |
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