São Paulo, terça-feira, 3 de dezembro de 1996
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Promotor pede pena máxima para gangue acusada de morte

EDMILSON ZANETTI

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP)

O Ministério Público pediu pena que pode chegar a 26 anos de prisão para cada um dos 11 integrantes de uma gangue acusada de matar uma estudante no interior de São Paulo e ferir um menor.
O julgamento de seis dos acusados começou ontem às 9h e tinha previsão para terminar hoje por volta das 3h. Um quinto integrante será julgado amanhã, e os quatro restantes, na sexta-feira.
Estão sendo julgados Itamar Moreira Mendes, 19, Onéia Leite da Silva, 21, José Edmilson Almeida, 19, Ivanildo da Silva Almeida, 21, Orestes Faria da Silva, 20, e Adalto César Germano, 20.
Nenhum dos cinco advogados de defesa quis falar ontem com a Agência Folha ontem.
O crime aconteceu na madrugada de 7 de maio, em Birigui (520 km de São Paulo). A gangue Cohab 3 é acusada de matar, com um tiro no rosto, Érika da Silva Fujima, 16, no portão de sua casa. Ela era namorada de E.F.R., 17, líder da gangue rival, a Vale do Sol.
E.F.R. era acusado de perseguir e ferir com tiros, desde o início do ano, integrantes da gangue rival. Na véspera do crime, E.F.R. teria acertado um tiro na mão da namorada de um integrante da Cohab 3.
Na madrugada de 7 de maio, depois de se reunirem em frente a uma escola, armados com revólveres e uma espingarda, integrantes da Cohab 3 teriam ido atrás de E.F.R..
À polícia, eles disseram que só queriam conversar para tentar acabar com os frequentes tiroteios. As armas seriam para defesa.
Ao perceber a chegada dos rivais, E.F.R. escondeu-se atrás da namorada, que levou um tiro no rosto. Os disparos feriram também, nas costas, o menor T.C.G., 16. Dois acusados foram detidos horas depois. Outros foram presos no dia seguinte ou durante o inquérito.

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