São Paulo, quarta-feira, 4 de dezembro de 1996 |
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Governo apura "ouro nazista" no Brasil
IGOR GIELOW
O objetivo da apuração é descobrir se o país serviu de destino ou de entreposto para o chamado "ouro nazista", apelido dado às toneladas de ouro, jóias e dinheiro apropriados pelos alemães durante o Terceiro Reich (1933-1945). Os principais espoliados foram os judeus. Segundo apontou o governo britânico em setembro, cerca de 400 toneladas de ouro teriam sido abrigadas na neutra Suíça pelos nazistas. Em valores atuais, o montante equivaleria a US$ 6 bilhões e causou a quebra do sigilo bancário de bancos suíços. Portugal foi outro país a admitir ter "ouro nazista". O caso foi discutido na semana passada em Oslo (Noruega), durante encontro da executiva do Congresso Judaico Mundial. "Agora nós queremos saber sobre o papel do Brasil", afirmou Henry Sobel, líder do rabinato da Congregação Israelita Paulista e membro da executiva que se reuniu em Oslo. "Cremos que houve suborno de autoridades para obtenção de vistos para fugitivos nazistas no país, além da movimentação de dinheiro e ouro da Europa para cá." Na última quinta-feira, Sobel se reuniu com o ministro Pedro Malan (Fazenda) para pedir a investigação. Dois funcionários vasculham arquivos do Banco do Brasil, que respondia por movimentações estrangeiras à época. A principal suspeita é que o ouro e dinheiro que estão em Portugal tenham chegado lá legalmente após passar pelo Brasil. Texto Anterior: Havaí toma decisão pró-casamento gay Próximo Texto: Bomba mata 2 e fere 83 em Paris Índice |
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