São Paulo, quinta-feira, 5 de dezembro de 1996
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Entenda o caso Paubrasil

. A 30/6/93, a Receita Federal faz blitz na Paubrasil Engenharia e Montagens Ltda. e apreende 11 cadernos e disquetes que mostram que a empresa era usada para atrair dinheiro para campanhas eleitorais de Paulo Maluf em 1990 e 1992

. A empresa pertencia a João Carlos Martins e Ettore Gagliardi, mas estava registrada em nome do motorista Francisco Nunes Neto

. A Paubrasil recolhia dinheiro de outras empresas para financiar campanhas eleitorais e emitia notas fiscais "frias"

. Martins afirmou à Receita Federal ter arrecadado US$ 19 milhões para as duas campanhas

. No final de 93, o empresário Calim Eid, um dos principais articuladores políticos de Maluf, disse à Polícia Federal ter autorizado a Paubrasil a realizar depósitos para as campanhas

. As maiores contribuintes para as campanhas malufistas por meio do esquema Paubrasil foram as empreiteiras CBPO (US$ 5,8 milhões), Andrade Gutierrez (US$ 5,1 milhões), Constran (US$ 3 milhões) e Mendes Jr. (US$ 1,4 milhão)

. A Receita Federal abriu inquérito sobre o caso, impondo multas que somaram R$ 6 milhões às empresas que contribuíram com o esquema

. Martins foi multado em R$ 17,7 milhões por sonegação fiscal, mas a punição ainda está sendo contestada na Justiça

. Em 95, a Procuradoria da República denunciou Martins e Eid por falsidade ideológica e sonegação fiscal

. Às vésperas das eleições municipais de 96, o STF decidiu que o caso deve ser julgado pela Justiça Eleitoral

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