São Paulo, quinta-feira, 5 de dezembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Câmara autoriza contrato temporário

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Câmara aprovou ontem o projeto que trata do contrato de trabalho por tempo determinado, que tramitou oito meses na Casa.
O projeto, que ainda vai ao Senado, autoriza a contratação por tempo determinado para qualquer atividade e reduz as alíquotas de alguns encargos trabalhistas.
Apenas uma alteração foi feita pelos deputados no texto original proposto pelo governo. Caiu de um ano para 120 dias o prazo em que as horas extras poderão ser compensadas pelas empresas, em alterações de jornada de trabalho negociadas com os sindicatos.
Ou seja: a empresa fica desobrigada de pagar pelas horas extras desde que compense o tempo trabalho a mais com jornadas menores de trabalho, tudo isso acontecendo em quatro meses.
A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) só autorizava a compensação semanal.
O contrato temporário de trabalho, pelo projeto, vale por um ano e pode ser renovado por mais um. A intenção do governo é estimular a criação de empregos com custo menor para as empresas.
Elas terão redução de 50% na alíquota da contribuição ao chamado sistema "S" (Sesi, Senai, Sesc, Senat, Senar, Senac e Sebrae), salário-educação, contribuição ao Incra e seguro de acidente do trabalho. A redução vale por 18 meses.
A proposta original do governo era reduzir esses encargos para 10% do valor da alíquota -equivalente a um desconto de 90%. As entidades do sistema "S" pressionaram e o desconto ficou em 50%.
O projeto prevê também a redução da contribuição do FGTS de 8% para 2%. Mas as empresas são obrigadas a negociar com o sindicato a manutenção de uma conta bancária paralela, com depósitos mensais em favor do trabalhador.
As empresas com até 20 empregados não precisarão de autorização dos sindicatos para contratar empregados por tempo fixo.
Até 50 empregados, a empresa poderá contratar 50% de trabalhadores. De 50 a 199, o índice cai para 35%, e 20% para empresas com mais de 200 trabalhadores.

Texto Anterior: FHC critica países do 1º Mundo e pede rigor na OMC
Próximo Texto: Fiat ameaça liderança da Volkswagen
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.