São Paulo, quinta-feira, 5 de dezembro de 1996
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1996 e 1997 nos fazem lembrar de... (parte 2)

MARIA ODETTE S. BRANCATELLI
CINILIA T. GISONDI OMAKI

MARIA ODETTE S. BRANCATELLI; CINILIA T. GISONDI OMAKI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Guerra Fria: a nova ordem internacional estabelecida após a Segunda Guerra caracterizou-se pela bipolarização entre EUA (capitalismo) e URSS (socialismo). Tal período, conhecido como Guerra Fria, foi formalizado pela Doutrina Truman (1947), que manifestou o compromisso norte-americano de liderar o combate ao comunismo, considerado ameaça aos povos livres. Para consolidar o capitalismo e impedir a influência soviética, os EUA ajudaram na recuperação econômica da Europa com o Plano Marshall (1947).
Indochina: a região passou pelo domínio francês, japonês e novamente francês desde o final do século 19. A luta pela descolonização começou no Vietnã, liderada por Ho Chi Minh: foi a Guerra da Indochina (1946-54). Na Conferência de Genebra (54), a França reconheceu a independência do Laos, Camboja e Vietnã -este dividido em Norte (socialista) e Sul (capitalista). As eleições que reunificariam o Vietnã em 1956 não ocorreram. Em plena Guerra Fria, as tensões culminaram mais tarde na Guerra do Vietnã.
Invasão soviética à Hungria: em 1956, estudantes e operários foram às ruas de Budapeste exigindo mudanças profundas no governo húngaro, que continuava obedecendo às diretrizes impostas pela URSS. O líder do movimento assumiu o cargo de primeiro ministro e tentou tirar a Hungria do Pacto de Varsóvia, o que gerou a invasão do país por tropas soviéticas. O resultado foi o fim do movimento através da violência, com inúmeras mortes e prisões.
Conflitos árabe-israelenses: a nacionalização do Canal de Suez pelo presidente egípcio Nasser levou Israel, França e Reino Unido à guerra contra o Egito (1956). Após a Guerra de Suez, o clima só piorou, principalmente com a saída das forças da ONU do Canal. Apesar do Acordo de Defesa Mútua entre Egito, Jordânia e Síria, Israel iniciou a Guerra dos Seis Dias (67). Vários territórios passaram ao controle israelense e as tensões continuaram nos anos 70, com a Guerra do Yom Kippur e a crise do petróleo.
Revolução Cultural Chinesa: o fracasso do plano Grande Salto para a Frente (1958) gerou divisões no Partido Comunista. Com o objetivo de acelerar o socialismo e fortalecer o poder pessoal de Mao Tsé Tung, a Revolução Cultural Chinesa de 1966 foi um movimento de massas, especialmente dos jovens, e de expurgos a opositores políticos. Ao impor sua linha de poder, Mao formalizou um novo modelo de socialismo: o maoísmo.

Maria Odette Simão Brancatelli e Cinilia T. Gisondi Omaki, professoras de história do Colégio Bandeirantes.

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