São Paulo, sexta-feira, 6 de dezembro de 1996 |
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Nove bebês morrem por falta de medicamento em hospital no MS
ADRIANA BRUNO
Único hospital da cidade, a instituição é privada, mantida pela Sociedade Beneficente Corumbaense, e vive de doações e da verba repassada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). As crianças teriam morrido pela falta de antibióticos. Segundo a secretaria, os parentes dos internados no hospital estão comprando remédios porque a administração do hospital só dispõe de medicamentos básicos, como soro e analgésicos. Ainda de acordo com a secretaria, os medicamentos recebidos da Central de Medicamentos do Ministério da Saúde normalmente são repassados aos municípios, que os redistribuem aos hospitais. Esses medicamentos são os da chamada rede básica -necessários para pequenos atendimentos. Antibióticos e medicamentos para tratamento de doenças graves são comprados pelos hospitais. Diante das mortes ocorridas no hospital nos últimos dias, a Secretaria da Saúde adotou medidas emergenciais, como doação de medicamentos. O Conselho Regional de Medicina do Estado enviou uma comissão que fará um relatório sobre o hospital. Segundo o presidente interino do conselho, Marcos Paulo Tiguman, 40, "o relatório ficará pronto neste fim-de-semana. O objetivo é apurar as responsabilidades e oferecer a orientação para que os problemas sejam resolvidos". Tiguman disse que, caso tenha havido algum tipo de falha médica, será aberta uma sindicância. A Agência Folha não conseguiu completar nenhum contato telefônico com o hospital desde quarta. Texto Anterior: Unicef faz 50 anos com exposição Próximo Texto: Câmara aprova o fundão para 1º grau Índice |
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