São Paulo, sábado, 7 de dezembro de 1996 |
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Governadores do PSDB apóiam Buaiz Oposição petista não vê surpresa IGOR GIELOW
Buaiz enfrenta oposição do PT de seu Estado devido ao programa de privatizações e reforma administrativa que tenta implantar. "O governador Buaiz é um dos grandes homens públicos do país. Não deixa se intimidar e demonstra respeito pela maioria que o elegeu", afirmou Alencar. Para Azeredo, que estava em Vitória com Alencar para uma reunião do Conselho de Segurança da Região Sudeste, a visita teve função de "solidariedade contra incompreensões". Prática Além dos discursos elogiosos, houve apoio na prática. O Espírito Santo assinou protocolo de trabalho com Minas e Rio, separadamente, para cooperação em projetos de concessões e privatizações. "Só o corredor de transporte Centroleste (MG e ES) vai trazer US$ 2 bilhões para a região", disse Buaiz. O protocolo prevê a criação de grupos de trabalho. Serão negociadas também políticas comuns para turismo e educação. "Hoje nossos secretários já se encontram com frequência. Queremos trocar idéias que deram certo", disse Alencar. Para a oposição petista na Assembléia Legislativa, o apoio apenas confirma a similaridade entre as ações de Buaiz e do governo federal -principal crítica do PT "que diz não" ao governador. "Não é nenhuma surpresa ver dois governadores tucanos aqui. Apoio eles não dariam para o PT", disse o deputado José Baiôco. Crise Anteontem, a crise petista foi colocada em suspensão após visita intervencionista do secretário-geral do partido, Cândido Vaccarezza, a Vitória. Ele conversou com Buaiz, deputados e líderes locais do partido. Ficou acertado que a situação seria discutida como prioridade na reunião da Executiva Nacional do PT, nos dias 13 e 14 em Brasília -o que agradou a oposição. "Eu não vou a nenhuma reunião partidária que tenha algum deputado daqui. Não tenho tempo para isso como governador e continuo falando diretamente e individualmente com a direção do partido", disse Buaiz. Vitória O governador obteve uma vitória política ontem. Os funcionários do Fisco estadual, que pretendiam entrar em greve por tempo indeterminado, decidiram fazer um dia de paralisação na quarta. Eles protestam contra a frase atribuída ao secretário da Fazenda, Rogério Medeiros, de que a categoria teria 80% de corruptos. "Avaliamos que o momento não é bom para piorar as coisas", disse o presidente do sindicato dos fiscais, Sandro Martins Baptista, que representa 480 funcionários. Texto Anterior: Câmara não tem quórum Próximo Texto: Quercismo sofre derrota em eleição Índice |
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