São Paulo, sábado, 7 de dezembro de 1996
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FHC veta micro empresários no Conselho Deliberativo do Sebrae

Presidente acolhe pedido de representante dos industriais

FERNANDO GODINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso vetou a participação de representantes dos micro e pequenos empresários no Conselho Deliberativo do Sebrae.
Ele acolheu pedido feito pelo presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), senador Fernando Bezerra (PMDB-RN), e vetou o artigo 27 da MP (medida provisória) que trata do novo regime tributário das microempresas.
O artigo enfraquecia a posição das grandes confederações (indústria, agricultura e comércio) ao criar no conselho quatro novos votos, todos ligados aos micro e pequenos empresários.
A aprovação foi articulada por parlamentares do setor, com a ajuda de Guilherme Afif Domingos, que preside o conselho do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Afif tentou se reeleger, mas foi derrotado por Pio Guerra Júnior, da Confederação Nacional da Agricultura.
O Sebrae recebe 0,3% da folha de pagamento de todas as empresas do país e movimentou um orçamento de R$ 1,18 bilhão neste ano.
A MP foi aprovada no Congresso na última terça. O veto de FHC foi publicado ontem no "Diário Oficial" da União. FHC alegou que a alteração iria romper o "equilíbrio" entre a representação privada e a oficial dentro do Sebrae.
O conselho é formado por 13 pessoas. O governo controla seis conselheiros e influencia outros dois. No veto, FHC diz que deve encaminhar projeto de lei para recompor o conselho. A Folha apurou que o projeto irá prever a inclusão da Confederação Nacional dos Transportes e de novos representantes do governo.

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