São Paulo, segunda-feira, 9 de dezembro de 1996
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Caso à parte

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Caso à parte, sem CPI, é bem mais fácil dar em nada. O mesmo Hélio Bicudo que investiga o novo escândalo lamentava com Boris Casoy, anteontem, o emperramento do escândalo do bingo, que seguiu igual caminho.
Passou por ele, Bicudo, por Luís Eduardo Magalhães e parou na comissão de Justiça. Do âncora do SBT:
- Processo não tem pernas. Ele não está parado porque quer. Alguém segurou o processo. Alguém está engavetando o processo.
O escândalo do Orçamento, que tem o mesmo destino, a Comissão de Constituição e Justiça, pode acabar parando no mesmo "alguém".
*
Não é difícil entender a angústia de Sergio Amaral, semana passada na Bandeirantes, com a "descentralização" da publicidade federal.
O esforço de dar uma linguagem única, como fez Paulo Maluf em São Paulo, com tanto êxito eleitoral, deu em nada, por enquanto.
Um comercial do Banco do Brasil chega perto. Fala em "Brasil em Ação", mote de FHC, e diz que "o governo federal lançou o Simples". Mas logo vem outro, do Incra, sobre o ITR, e nem palavra do "Brasil em Ação", ou do governo. Vem outro, contra a dengue, e nada.
O melhor comercial de FHC, no final de semana, continua sendo a rastejante Semana do Presidente, no Programa Silvio Santos, com a voz empolgada de Lombardi.
- O presidente Fernando Henrique recebeu esta semana, no Palácio do Planalto, a visita dos executivos da General Motors do Brasil, que foram anunciar investimentos de US$ 3 bilhões...
*
- Tudo tem um fim, e o fim chegou...
A Globo, claro, deu sozinha a declaração de João Havelange, mas tratou também de registrar que ele "diz que" vai deixar a Fifa.

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