São Paulo, segunda-feira, 9 de dezembro de 1996
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Questões de história não têm criatividade

AUGUSTO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

A prova da segunda etapa da primeira fase do vestibular da Fuvest não foi alvo de unanimidade dos coordenadores do Colégio e Curso Objetivo.
Francisco Alves da Silva, coordenador de história, diz que não há criatividade nas questões dessa matéria. "Além disso, senti falta de textos, mapas e ilustrações."
Ele também diz que houve algumas imprecisões conceituais. Um exemplo é a questão que trata da escravidão no Brasil colonial. A alternativa correta fala que a distribuição dos escravos se dava entre a população livre.
"Mais do que uma distribuição, havia uma concentração em locais como a Bahia e o Rio. Além disso, nem todas as pessoas livres tinham escravos", afirma Alves.
Para ele, em algumas questões, o candidato foi obrigado a responder por exclusão. "Foi o antiteste. O aluno escolhia a alternativa correta porque as outras eram absurdas." O grau de dificuldade foi de médio para fácil.
Para a prova de matemática, o coordenador Giuseppe Nobilioni só tem elogios. "Não tenho nada a reclamar, as questões estão bem elaboradas."
Segundo ele, a prova foi bastante abrangente. "Foram dez questões de álgebra, seis de geometria, duas de trigonometria e duas de geometria analítica."
Ele destaca duas questões. A primeira trata de uma pedra semipreciosa que caiu no chão. A outra envolve raízes de um polinômio em progressão aritmética.
Biologia e geografia
As questões de biologia privilegiaram o raciocínio. "São criativas", afirma Clézio Morandini, coordenador da disciplina.
Segundo ele, houve uma predominância de genética na prova.
Ele ressalta que a única questão de ecologia tem duas respostas possíveis. Na prova M, são as alternativas C e D.
A coordenadora de geografia, Vera Lúcia da Costa Antunes, dá parabéns à Fuvest. "Foi uma prova muito bem-feita, que pediu conceitos fundamentais."
Mas, ao mesmo tempo, ela manda um recado para a banca examinadora. "Os mapas são muito feios e pequenos. Hoje, há muitos recursos de computação e não há motivo para economizar espaço."

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