São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996 |
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Namorada diz que os dois iam fugir para fora do país Sequestrador havia planejado pagar agentes penitenciários LAURO VEIGA FILHO
Vanessa disse que Pareja deveria ligar para ela hoje para definir os detalhes finais do plano. Ele sairia pela porta do presídio, pagando agentes carcerários para que estes facilitassem sua saída. "Muita gente tinha planejado matá-lo. Todo mundo sabia que ele iria fugir", declarou. Vanessa, que esteve com Pareja pela última vez no sábado, disse que seu namorado "queria amenizar o clima, que estava muito tenso". "Ele não queria que houvesse a fuga para que a polícia e os outros presos não pensassem que era coisa dele." Bastante nervosa e chorando muito, Vanessa disse que sua família não sabia de seus planos de fugir do país. "Eles vão ficar sabendo agora. Vou enfrentar isso também", declarou. No final da manhã, ela foi convocada pelo procurador Maurício Nardini para depor sobre o caso, juntamente com outras pessoas ligadas a Pareja. Vanessa e Pareja se conheceram após a rebelião no Cepaigo, quando ele foi recapturado. Mãe Luzia Rodrigues dos Santos, mãe de Pareja, foi comunicada da morte pela direção do Cepaigo por volta de 7h30 de ontem. "Fiquei muito nervosa e não quis acreditar que era meu filho." "Não podia ser ele. Ele tinha muitos amigos lá dentro (no presídio)", disse Luzia. A mãe de Pareja não quis acusar ninguém. "Eu não sei de nada. A morte dele não estava planejada como estão dizendo." Disse também que Pareja não tinha receio nenhum de ficar no presídio. Segundo Luzia, ele jamais disse a ela que se sentia ameaçado dentro do Cepaigo. Ela viu o filho com vida pela última vez há cerca de 15 dias e voltaria para nova visita amanhã. Sua principal dúvida com relação ao crime é relacionada à participação do "Eduardinho" -Eduardo Rodrigues Siqueira. "Eles eram amigos", afirmou. Texto Anterior: Sequestro deu início a projeção nacional Próximo Texto: Adolescente 'estreou' no crime aos 14 anos Índice |
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