São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996
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Número de vagas cai 7,85% em SP

Percentual supera o de 95

DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria paulista já fechou mais postos de trabalho nos 11 meses de 96 do que em todo o ano de 95, em percentual.
Entre janeiro e novembro, foram fechados 167.556 postos de trabalho, o que significa uma queda acumulada de 7,85%. Em 95, o percentual dos 12 meses teve queda de 7,68%.
Em números absolutos, a indústria desempregou mais em 95. Foram fechadas 179.874 vagas no ano passado.
O percentual é maior neste ano porque, com as demissões em 95, o universo de trabalhadores diminuiu. A base de cálculo está entre 2,1 milhões e 2,3 milhões de trabalhadores.
Novembro
Em novembro, a variação do nível de emprego medido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) ficou em -0,37% (menos 7.407 postos).
Esse é o terceiro melhor resultado do ano, só superado pelos meses de junho (-0,21%) e setembro (-0,27%).
Os setores que mais empregaram foram produtos de cacau e bala (6,35%), mármores e granitos (5,30%) e papelão (1,74%).
Artefatos de borracha (-3,54%), artefatos de ferro (-1,89) e componentes para veículos automotores (-1,73%) lideraram a lista dos que mais demitiram.
Segundo Horácio Lafer Piva, diretor da Fiesp, o resultado de novembro reflete o crescimento da atividade industrial nos últimos três meses.
Estima-se que no período o PIB (Produto Interno Bruto) industrial tenha crescido cerca de 8%.
Piva, no entanto, prevê aumento do desemprego em 97.
Aponta três motivos: crescimento da economia abaixo do ideal, continuidade do processo de modernização das empresas privadas e possíveis ajustes no setor público, com a reforma do Estado.
"Para recuperar empregos, o crescimento do PIB deveria ser de no mínimo 6%", afirma.
Segundo ele, as previsões indicam crescimento entre 4% e 4,5% em 97, insuficiente para reverter a tendência de redução de vagas.

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