São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 1996
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Krause afirma que pediu proteção à PF

DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

O ministro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Gustavo Krause, disse ontem, em João Pessoa, que pediu à PF (Polícia Federal) proteção para seu gabinete em Brasília como medida preventiva, depois do episódio envolvendo o deputado Paulo Cordeiro (PTB-PR). Na última quinta-feira, o deputado agrediu fisicamente o chefe de gabinete do ministro, Sérgio Salles.
O deputado paranaense foi ao ministério defender seu colega deputado Pedrinho Abrão, acusado de exigir 4% da empreiteira Andrade Gutierrez para liberar R$ 42 milhões do Orçamento da União para a construção de uma barragem no Ceará.
Krause disse não ter sofrido ameaças até agora. "Mas tomei alguns cuidados pessoais", disse Krause, que estava protegido por seguranças cedidos pelo governo da Paraíba.
O ministro foi a João Pessoa participar do encerramento de um seminário sobre fundos de pensão e visitar Roberto Cavalcanti Ribeiro -um amigo de infância dono de uma fábrica de beneficiamento de plástico e de jornal local.
Ele não quis aprofundar comentários sobre o episódio com o deputado paranaense. "É um assunto que impus silêncio. Já falei o que tinha de falar e disse à comissão de sindicância da Câmara que apura o caso", disse Krause.
Referindo-se ao seu assessor Sérgio Salles, o ministro disse: "Não houve ameaça. Houve agressão mesmo".
Krause também não quis falar sobre sua expectativa em relação à decisão que será tomada pela comissão de sindicância da Câmara, que está investigando o caso da barragem cearense.

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