São Paulo, quinta-feira, 12 de dezembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Diversidade marca produção brasileira pós-retomada

AMIR LABAKI
DO ENVIADO ESPECIAL A HAVANA

A diversidade do cinema brasileiro na retomada da produção foi o consenso da entrevista coletiva com a delegação nacional presente ao festival, realizada anteontem.
O diretor Luiz Carlos Lacerda diz: "Não temos um cinema compacto hoje no Brasil. Saímos da ditadura do cinema novo. Havia preconceito frente a filmes como os do Hugo Carvana, que fazia filmes de êxito sobre o malandro carioca, um tipo com o qual o cinema novo jamais teve compromisso".
O produtor Donald Ranvaud ("Tieta do Agreste") seguiu na mesma linha: "Há uma diversidade como nunca se viu. Começa a voltar, na cena internacional, um valor para o cinema brasileiro".
Respondendo à crítica de um jornalista colombiano a "Tieta", Ranvaud reconheceu que "a presença da Sony (como co-produtora) condicionou o tipo de produto que faríamos para colocar o cinema brasileiro de volta ao cenário internacional".
O responsável pelo Centro Técnico Audiovisual da Funarte, Sérgio Sanz, fez um resumo dos mecanismos de incentivo à produção cinematográfica. Frisou ainda ser Havana "o festival ao qual mais aplicamos recursos, para a realização de cópias".
Por sua vez, Esdras Rubim, de volta à direção do festival de Gramado, assumiu a dúvida quanto ao perfil do evento em 1997, dividido entre a internacionalização e o retorno à ênfase na produção brasileira.
(AL)

Texto Anterior: Joris Ivens é homenageado
Próximo Texto: Diretor promete mostra comercial
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.