São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996
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Falta de testes pode ser causa de falhas

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Os problemas no sistema telefônico do Rio podem estar sendo causados pela falta de testes dos equipamentos modernos que vêm sendo instalados.
A suspeita é de engenheiros da própria Telerj, entrevistados pela Folha com a condição de que não tivessem os nomes revelados.
O prazo ideal entre a instalação de um equipamento novo e sua entrada em operação é de 35 dias.
Os testes das novas centrais digitais que estão sendo inauguradas pela Telerj são realizados em, no máximo, 15 dias. A pressa pode atrapalhar a qualidade das linhas telefônicas.
Ruído
"Uma central que não foi testada direito causará ruídos na linha, chamadas erradas e outros problemas que a população está enfrentando", disse o diretor de Ciência e Tecnologia do Sintel-RJ (Sindicato dos Telefônicos do Estado do Rio), Marcelo Miranda.
O investimento pelo governo federal de R$ 1 bilhão por ano na Telerj até 2003 surpreendeu os 12 mil funcionários. De 89 a 95, os investimentos não superaram os R$ 200 milhões anuais.
Com a entrada do R$ 1 bilhão proveniente do Plano de Recuperação e Ampliação do Sistema de Telecomunicações, começaram os serviços de expansão e substituição tecnológica.
"Corrida"
"Há uma corrida para se gastar esse dinheiro. Os técnicos estão conhecendo a tecnologia ao mesmo tempo em que ela vai para as centrais", disse Miranda.
Incompatibilidade
Outra possibilidade discutida pelos engenheiros ouvidos pela Folha é a de incompatibilidade entre as modernas centrais digitais e os novos entroncamentos instalados na cidade.
Um deles disse que não estão sendo obedecidas etapas de procedimentos técnicos para reduzir a ocorrência de problemas.
Segundo a Telebrás, 20% das ligações interurbanas no Estado do Rio não se completam por causa do congestionamento de linhas.
(ST)

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