São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996
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Grupo improvisa português e relaxa em shopping

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DO ENVIADO A BAURU (SP)

Treinar e ir ao shopping da cidade. Essa é a rotina da maioria dos atletas da ex-União Soviética que moram e treinam em Bauru.
Os mais de 12 mil km que separam a cidade do interior paulista da região onde nasceram não parecem afetá-los. "A maioria morava em centros de treinamento. Estão habituados a ficar longe da família", conta o ginasta brasileiro Robinson Camargo, que mora com três deles em uma república.
A crise que assola o Leste Europeu dizimou a rica estrutura do esporte olímpico que existia no local. Desde então, essa mão-de-obra qualificada vem sendo atraída para outros países, como o Brasil.
Em Bauru, os estrangeiros ainda não recebem salário. Por estar em período de experiência, é o primeiro ano do projeto, estão no Brasil com visto sócio-cultural.
"Eles só ganham ajuda de custo, moradia e alimentação. O problema é que nem isso estão recebendo", afirma Washington dos Santos, coordenador do programa.
Quanto ao idioma, palavras-chaves e frases decoradas estão resolvendo o problema. "Português é difícil como russo", diz Olga Korelina, de Belarus.
(JHM)

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