São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996 |
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Decisão opõe comandantes 'idênticos' JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO; CARLOS ALBERTO DE SOUZA
O campeão brasileiro de 1996 pode ser Portuguesa ou Grêmio, mas o técnico vencedor, com certeza, será "bocudo, autêntico, polêmico, disciplinador e brincalhão". Candinho, da Portuguesa, e Luiz Felipe, do Grêmio, são treinadores com características parecidas. "Até nossas personalidades são semelhantes", diz Candinho. "Nós dois somos meio bocudos, um dos motivos pelos quais nunca tivemos chances na seleção." "Somos técnicos contestados, apesar de já termos mostrado muito valor", constata Luiz Felipe. "De mim, dizem que mando bater, mas virilidade é uma coisa, violência, outra. Dele, falam que é perdedor. Chegar à final do Brasileiro com a Portuguesa, um time no qual poucos apostavam, é tarefa para qualquer um?", pergunta. Rivais na final do Brasileiro, inédita na carreira dos dois, Candinho e Luiz Felipe são bons amigos. Por intermédio da Folha, um respondeu as perguntas feitas pelo outro (leia textos ao lado). "Ficamos amigos na Arábia Saudita, no início dos anos 80", conta Luiz Felipe. "Ele dirigiu o Al Shabab, chegou como um ilustre desconhecido e eu o ajudei a se ambientar. A amizade se estende a nossas famílias. Fico contente em ver no Luiz Felipe, hoje, um profissional realizado", diz o técnico da Portuguesa. "Mesmo em lados opostos, nós nos respeitamos", fala o gremista. "Domingo passado, assim que soubemos que estávamos na final, falamos por telefone." Em São Paulo, antes do primeiro jogo da final, almoçaram juntos. Em Porto Alegre, só se encontrarão no estádio Olímpico. "Mas aconteça o que acontecer, a amizade continua", diz Luiz Felipe. Colaborou Carlos Alberto de Souza, da Agência Folha, em Porto Alegre Texto Anterior: Paulistas só pensam em crescer Próximo Texto: Candinho dá conselhos Índice |
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