São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996 |
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Franceses estudam criar malha viária subterrânea
BETINA BERNARDES
O nome do projeto é Muse (Maille Urbaine Souterraine d'Échange, ou malha urbana subterrânea de câmbio) e tem no ex-ministro do Interior Charles Pasqua seu mais ardoroso defensor. O Muse é uma rede subterrânea que funcionaria como alternativa às auto-estradas da região de Hauts-de-Seine, no centro-norte da França. Prevê a construção de um túnel de 12 metros de diâmetro com três vias superpostas. Nas duas primeiras circulariam carros. A via inferior seria reservada para o transporte coletivo: espécie de metrô, que teria várias estações para paradas ao longo do trajeto ligando Genneviliers e Clichy a Clamart. Qualquer semelhança com o Eurotúnel não é mera coincidência. Se o túnel sob o canal da Mancha tem 51 quilômetros de extensão, a rede total do Muse teria 45. O custo previsto para cada quilômetro dessa malha urbana subterrânea é de 1 bilhão de francos (US$ 200 milhões), o que totalizaria 45 bilhões de francos (US$ 9 bilhões). O projeto está em estudo há quatro anos e já foi tecnicamente finalizado. Agora, ele entra na fase mais difícil: a dos debates públicos. Alvo de críticas à esquerda e à direita, defensores do Muse esperam provar que ele poderá desafogar o tráfego das rodovias da região e servir como a opção de transporte coletivo que responda às necessidades da população local. Texto Anterior: Refugiados na Tanzânia começam a voltar a Ruanda Próximo Texto: Eficácia do Muse é questionada Índice |
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