São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 1996 |
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Conheça o futuro governador
JAIME SPITZCOVSKY
Ele vende a imagem de um "administrador competente" e, bem ao gosto de Pequim, de um "patriota chinês". Em três dias de debates com integrantes do Comitê de Seleção, Tung procurou respostas doces para os ouvidos comunistas. Os debates, realizados em novembro, foram transmitidos pela TV de Hong Kong e contaram também com a participação de Peter Woo e Ti Liang Yang, os candidatos derrotados. "Temos a sensação de que já está definido quem são o vencedor e os perdedores da disputa pelo cargo de governador", escreveu, ao final dos debates, o "Economic Journal", publicação de Hong Kong. Tung disparou como favorito já em janeiro. Numa cerimônia em Pequim, o presidente chinês, Jiang Zemin, tirou-o de um grupo de convidados e cumprimentou-o com um aperto de mão. A deferência deslanchou a candidatura de um empresário que recebeu ajuda do Partido Comunista para evitar a falência de sua companhia de transporte marítimo. Os laços com Jiang Zemin também são antigos. Eles se conheceram há nove anos, quando o atual presidente era prefeito de Xangai, a cidade natal de Tung Chee-hwa. Ele destaca a importância da manutenção da estabilidade em Hong Kong, a fim de proteger uma das pérolas do capitalismo asiático. O atual governador, Chris Patten, reserva elogios para Tung, que foi um de seus conselheiros até junho. Trata-se de um homem imparcial e honesto, diz Patten. Mas uma declaração de Tung deixou preocupados os ativistas pró-democracia. O governador eleito disse que a população do território deve "esquecer" a violenta repressão ao movimento pró-democracia de Tiananmen. "Deixem para os historiadores o julgamento desse episódio." (JS) Texto Anterior: Economia deve segurar 'linha dura' chinesa Próximo Texto: Transição testará tolerância de Pequim Índice |
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